Dia internacional da mulher: vamos conversar?

Todos os anos vemos homenagens do Dia Internacional da Mulher em empresas, sites, redes sociais e eventos. E cabe a nós repensarmos na importância dessa data, seja ela comemorativa ou com intuito comercial.

Lutar.

Conquista direitos básicos.

Defender à sua vida.

São algumas das palavras que orientam esse conteúdo sobre o Dia Internacional da Mulher. Uma data comemorada no mundo todo, mas que precisamos dar um passo para trás, resgatar nossas raízes e entender: por que comemoramos um dia para a mulher? Qual a verdadeira história das mulheres que vieram antes de nós e conquistaram esse dia?

É sobre isso que falaremos nesse conteúdo.

Como surgiu o Dia Internacional da Mulher?

Há algumas versões, do senso comum, sobre o surgimento do Dia Internacional da Mulher. Conta-se que a data é alusiva às 129 operárias estadunidenses de uma fábrica têxtil, que morreram carbonizadas em um incêndio intencional no dia 08 de março de 1957.

Segundo a versão contada, o crime teria sido motivado pelas frequentes greves das operárias.

E cabe a nós fazer o primeiro questionamento: se essa história realmente for verdadeira, como alguém é capaz de cometer uma atrocidade como essas a fim de causar represália contra pessoas que buscavam seus direitos? (Pois é.)

O Dia Internacional da Mulher é motivo para questionarmos muitas coisas, não é? Inclusive essa versão contada. 

A pesquisadora e ativista Diana Assunção, conta uma outra versão sobre o evento que originou a data das mulheres. Que falaremos no próximo tópico. 😉

A verdadeira história sobre o surgimento do Dia Internacional da Mulher?

Segundo a versão de Diana Assunção, a data comemorativa começou em 1910, com uma feminista marxista alemã, Clara Zetkin. Durante a II Conferência Internacional das Mulheres, realizada em Copenhague, na Dinamarca, Clara propôs que todas as mulheres trabalhadoras de todos países organizassem um dia especial das mulheres. 

O objetivo desse “dia especial” era conquistar o voto feminino.

E com sucesso, trabalhadoras dos Estados Unidos e Reino Unido aderiram à luta de Clara. No ano seguinte, em 25 de março, um incêndio intencional ocorreu em uma fábrica de Nova York, matando 146 trabalhadores. Sendo 125 mulheres, de 13 a 23 anos, e a grande maioria imigrante.

Um novo objetivo surgia para esse grupo. A luta das mulheres nesse período era coordenada pelo sindicato “União Internacional de Mulheres da Indústria Têxtil”, com o objetivo de garantir condições dignas em seus trabalhos.

Mas há um outro momento histórico importante para a escolha da data, que ocorreu em 1917.

A história das mulheres de 1917

No dia 23 de fevereiro de 1917, mulheres russas soviéticas tomaram as ruas de São Petersburgo, convocando de fábrica em fábrica o operariado a ir contra a monarquia russa e o apelo contra o fim da participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial.

A história do Dia Internacional da Mulher é sempre marcada pelas lutas de mulheres ocidentais, entretanto as russas soviéticas tiveram forte participação nessa comemoração. 

Nomes como: Aleksandra Kollontai, Inessa Armand, Maria Pokróvskaia, Nadiéjda Krúpskaia e Olga Chapír, foram fundamentais para a revolução dar início.

Mas você pode estar se perguntando, o que o dia 23 de fevereiro tem a ver com o dia 08 de março?

No calendário ocidental, o dia 23 de fevereiro é contado como o dia 08 de março. E assim como as mulheres estadunidenses, as operárias russas enfrentaram uma revolta para conquistar seus direitos fundamentais e proteger suas vidas dos governos da época.

E quando é o dia internacional da mulher de fato?

O Dia Internacional da Mulher é comorado no dia 08 de março. Essa data foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas no ano de 1975 fazendo alusão a todos esses eventos de lutas femininas que buscavam igualdade e respeito ao seu indivíduo. 

Qual a importância do Dia Internacional da Mulher?

O Dia da mulher é uma data muito importante no nosso calendário de comemorações. É um momento para refletirmos sobre nossas lutas diárias e a busca por respeito e igualdade que vem desde nossos antepassados até os dias atuais.

Comemorar o Dia Internacional da Mulher é muito mais que incentivar o consumo, não podemos reduzir essa data à um mero evento comercial. É banalizar nossas conquistas e lutas!

Todos os dias vemos histórias de feminicídio, assédio, desrespeito acontecendo em todos espaços com mulheres, na sua grande maioria. 

Todos os dias enfrentamos uma nova batalha. Da hora que nascemos até a hora que morremos. Precisamos aprender a lidar com o mundo, com a complexidade do nosso corpo, a nos proteger das maldades e a se posicionar, diariamente, para conquistar lugares importantes.

Não importa nossa idade, nossa cor, nosso cabelo, nem a nossa roupa. Muito menos se estamos vivas, parindo ou mortas. Estamos sempre nos defendo do mundo! (Ou tentando…)

Somos todas fortes. E precisamos destacar isso.

Durante a pandemia, o papel das cientistas mulheres foi fundamental para a retomada das nossas vidas. E é nosso dever conhecer esses nomes: 

Jaqueline Goes de Jesus

Pós-doutoranda na Faculdade de Medicina da USP, liderou a equipe que fez o sequenciamento do genoma viral da Covid-19, ela é uma mulher negra biomédica. 

Ester Sabino

Ao lado de Jaqueline, a médica coordenou a pesquisa para o processo rápido de descoberta do sequenciamento da Covid-19. A sua experiência com os estudos de DNA dos vírus da dengue, Zyka e Chikungunya foram primordiais para a agilidade no processo.

Mas não é somente as mulheres cientistas que devemos dar destaque nesse conteúdo (aliás, elas arrasaram na gestão dessa pandemia!). 

Muitas mulheres sofreram o impacto financeiro causado pela pandemia. 

E hoje, o Brasil ocupa o sétimo lugar de países com maior número de mulheres empreendedoras. Com mais de 50% das mulheres empreendendo em seus pequenos e médios negócios. 

Além disso, há outros dois nomes que precisamos destacar para mostrar a força que uma mulher carrega. 

Kamala Harris

A primeira mulher a tornar-se vice-presidente dos EUA. Filha de indiana e jamaicano, Kamala foi a primeira afro-americana a ocupar um lugar no senado e vice-presidente.

E por último, não podíamos deixar de destacar mais uma mulher que merece essa homenagem da bnyou: você!

Você que batalha para ter uma vida melhor, que tenta conciliar a sua carreira com a sua rotina de beleza, filhos, amigos, relacionamentos e com você mesma! 

Ser forte é ser mulher, alguém que luta todos os dias para ocupar o seu lugar no mundo.

E quando precisar de uma melhor amiga para dar um up na autoestima? Pode correr para a bnyou. 

Seja verdadeira com a sua beleza. 

Seja inteira para ser você. 

Be you